domingo, 25 de julho de 2010

Viver: consuma sem moderação

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Tempo cronológico,
Tempo sentido,
Tempo negado e consentido.
Há tempo ao tempo.
Um tempo para o tempo.
Tempo para outros tempos.
Pouco importa por quanto tempo
É tempo de apropriar-se do único,
irrepetível,
inegável,
indelével
tempo-agora
- uma espécie de ágora minha
para o exercício das livres ideias.
[MJ - nov/2008]


Hoje, neste exato julho de 2010, não estou para a poesia, mas sigo o exercicío das livres ideias. Esta coisa do tempo, das rimas, das fases, épocas, momentos de vida, experiências vividas, observações e constatações são fruto do caminho sem volta daquele estranho hábito de pensar. E bendito seja o pensar. [Pensar: ponderar várias hipóteses sobre o mesmo tema ou vários temas a partir de uma mesma hipótese. Ainda, encadear involuntário de ideias, conexas, desconexas etc.] É bem verdade que pensar atrapalha, e muito, em muitas circunstâncias. É sabido. Assim como é verdade também que ter aprendido a pensar é suporte de coragem às escolhas, embora sem garantia de acerto. Sabido, também. Enfim. Foi pensando, a partir de verdades remotas, que fiz escolhas passadas. E é pensando, hoje, que sigo escolhendo. Essa obviedade tem um sentido, uma mensagem. Quero dizer da graça da releitura da poesia de outro momento/tempo meu, de ter o prazer de me reportar àquele passado e a outros mais remotos ainda e ver que, apesar de tantas mudanças, tantas novas verdades, o melhor de mim não se perdeu. E que essa tal de madura idade, quando vai chegando, é boa demais quando conseguimos manter a graça da tenra idade, com todos aqueles adendos de segurança que só a madura idade dá. Então, talvez seja agora, e não na juventude, a melhor hora de brincar de viver, apesar dos involuntários pensares. E já que não tenho certeza disso, quando eu ficar bem velhinha prometo fazer a releitura para, pretenciosamente eugênica, a partir da visão 'a vida como ela é', deixar alguma contribuição para aqueles que desejem conhecer um pouco das belezas da vida - e suas mazelas também.

Por hora a mensagem é:
Viver: consuma sem moderação!

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