Quero ficar no teu corpo feito tatuagem que é pra te dar coragem pra seguir viagem quando a noite vem... E também pra me perpetuar em tua escrava Que você pega, esfrega, nega Mas não lava
Quero brincar no teu corpo feito bailarina Que logo se alucina Salta e te ilumina Quando a noite vem E nos músculos exaustos do teu braço Repousar frouxa, murcha, farta Morta de cansaço
Quero pesar feito cruz nas tuas costas Que te retalha em postas Mas no fundo gostas Quando a noite vem Quero ser a cicatriz risonha e corrosiva Marcada a frio, a ferro e fogo Em carne viva
Corações de mãe Arpões, sereias e serpentes Que te rabiscam o corpo todo Mas não sentes