Até tinha conseguido ludibriar minhas inquietudes por um tempo, abandonando propositadamente a ideia de que viver é uma constante impermanência. Jamais tive medo de mudanças, pelo contrário; mas aprendi que há deslocamentos que impõem, antes, permanecer. Por isso o tempo de ficar, forjado na inventada falta de tempo, foi, confesso, uma liberalidade. Tinha o fim de ganhar fôlego e clareza para reconhecer o caminho das necessárias reinvenções. Só esqueci de computar que nunca se sabe qual a hora que seremos convocados a abandonar as permanências. Goela abaixo, há fatos, circunstâncias, pessoas que às vezes têm apenas esta única função: mover. Importa o olhar sobre o movimento.
sábado, 2 de fevereiro de 2013
Necessárias reinvenções
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