sexta-feira, 25 de março de 2011

Uns nãos, uns sims





Passar o sinal vermelho, vidas em risco, pontos numa carteira e desfalque na outra, melhor, não. Usar drogas, ilícito penal, nutriente da criminalidade, risco de encontrar com a minha droga, sequelas físicas e psíquicas, melhor, não. Caminhar sozinha à noite, tensão constante, dar sorte ao azar, melhor, não. Furar a fila no banco, instalar TV pirata, adquirir ingresso de cambista, embolsar o troco a maior, omissão frente a irregularidades éticas e legais, melhor, não. Entrar em estado de carência física e afetiva, risco de encantamento pelo primeiro diferente inadequado com que cruze, melhor, não. Dar de cara com fantasmas do passado, ceder espaço às memórias escondidas, sentir que o trem das onze ja passou, sem ter amanhã, melhor,
sim,
sem talvez.
Lançar olhares críticos, conceder chance a outras verdades, duvidar de todas elas, empreender novos caminhos, construindo trechos que sugiram desafios, melhor seguir, sim, dizendo sims à proposta de constante reinvenção - com todas as reservas aos nãos e quaisquer talvez.


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2 comentários:

  1. O interessante é que o seu texto me evidenciou a quantidade de nãos de que me utilizo.
    Será o mundo ou serei eu?
    Vivas aos seus sims, tambem são a minha escolha.
    Os fantasmas e memorias de fundo de gaveta não me assustam mais. Acho que embarcaram e partiram no trem das onze...

    bjos

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  2. Vixi, Janice, pelo visto ando cravando sim em quase tudo que não pode!

    Acho melhor eu tomar uma providência urgente, tipo procurar um geriatra - ou quem sabe um pediatra...

    Beijos

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