sábado, 27 de novembro de 2010

Acerca dos véus





Apreende-se o outro a partir dos véus que colocamos sobre nosso olhar. Há véus pendurados pelo inconsciente. Outros pelo capital simbólico da informação que nos chega - julgados concientes, voluntários. Há ainda aqueles que se conjugam involuntários. E convidados a refletir sobre estes últimos, vem o outro, invade nosso particular armário de inúmeros cabides de véus coloridos, mistura-os, combina, escolhe alguns e, a seu gosto, parece ordenar: veste estes. Aderimos ou não, por liberalidade.

Conheces, então, teus véus?
É nossa função saber sua matiz, texturas, densidades para, no espetáculo da dança da vida, ter algum domínio do resultado de suas conjugações - tanto quando se está no palco, quanto na plateia, assistindo a interferência do outro.

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8 comentários:

  1. Quanto maior for o conhecimento dos véus, maior será a probabilidade de acertarmos na escolha.
    Talvez o conhecimento dos véus tenha a ver com sabedoria...
    (Gosto sempre dos seus posts, que me impelem à reflexão)

    Beijo :)

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  2. Oi amiga!! Bah Janice tenho pensado tanto nisto. Nesta conexão que estabelecemos com o outro e conosco ao decifrar esta simbologia!! Assim nos deciframos não??
    beijinhos

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  3. Aquilo que achamos ser uma visão límpida da realidade, talvez seja tão bonita em virtude de um véu de otimismo que usamos...enfim, é só um deles...

    Um abraço, gostei do texto e gostei do blog...
    http://estevespensando.blogspot.com/

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  4. Conhecendo nossos veus, somente com a nossa sensibilidade e intuição saberemos qual vestimenta a usar na dança que se apresenta.

    bjo

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  5. Não entendo nada, nadinha de véus, Janice. Os opacos me assustam, sisudos e insossos feito pecados mortais com prazo de validade vencido. Já os diáfanos, me atraem muito, mas logo os esqueço, entretido com a perdição infinita que cantarolam insinuantes.

    Beijos

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  6. Quantos véus temos, as vezes somos atraídos pela mesma cor sem enxergar que a tonalidade é um pouco distoante e, o que parece não é!

    Bjsss

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  7. Melhor o véu do que máscaras, melhor os cabides que gavetas, essa transparência involuntária tem seu charme, dando pra ver um pouco do íntimo.

    Janice, suas palavras são inteiras, mostram o reflexo de sentimentos ricos. E sabe o que amei? Você ter citado o Taj Mahal, quanta sensibilidade.

    Espero não perder contato, viu?

    Beijo grande.

    Rebeca

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