"Já que colocam fotos de gente morta ou "quase" nos maços de cigarros, por que não colocar também de gente obesa em pacotes de batata frita; de animais torturados nos cosméticos; de acidentes de trânsito nas garrafas e latas de bebidas alcoólicas; de gente sem teto nas contas de água e luz; e de políticos corruptos nas guias de recolhimento de impostos?"
(De um tabagista discriminado!)
Recebi por e-mail e não resisiti compartilhar aqui, pois, não é que é boa a ideia?
Sem querer fazer apologia ao tabagismo, a ideia de isonomia, em questões que cabe a igualdade de tratamento, sempre me agradará. Quanto mais pelo fato de a proposta do cidadão irresignado chamar a atenção para a hipocrisia das campanhas públicas, fechando a lente em questões pontuais, de modo desvirtuar o foco das incontáveis mazelas sociais deflagradas pela omissão do Estado.
Para dizer o menos, o que se tem como resposta do Estado é a cifra zero em investimentos sérios e efetivamente comprometidos no combate às causas das moléstias da modernidade e da falta de ética.
Para dizer o menos, o que se tem como resposta do Estado é a cifra zero em investimentos sérios e efetivamente comprometidos no combate às causas das moléstias da modernidade e da falta de ética.
Incumbe, assim, a cada um dos cidadãos a sua parte: conhecer, saber, interar-se acerca do pano de fundo de ações supostamente garantidoras de direitos, e devolver o conhecimento em forma de pressão popular - uma vez que esta a única via de modificação do status de omissão do Estado, que persiste há décadas.
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