O mundo seria tão melhor se... ...tantas coisas.
Se houvesse menos fascismo velado, corrupção desmedida, deformidade do papel dos três poderes; menos conivência da turba, que critica em coro, porém repete o ato rechaçado, ainda que por outro viés; menos devoção à nova igreja, que em nome do único deus atual - capitalismo - pratica a santa inquisição da modernidade.
Seria tão melhor.
Mas apesar disso - ainda que utopia - mesmo assim, seria tão melhor se as pessoas se abrissem e manifestassem mais afeto, carinho. Sorrissem mais umas às outras; quebrassem o gelo da falsa formalidade e moralidade, dos preconceituosos e fantasiosos medos que um gesto carinhoso, uma presença, provocam em alguns. Seria tão melhor se não recebessem como invasão, assédio - como se por detrás de cada investida carinhosa existisse outro interesse, que apenas gentileza ou boa educação. Julgam o tempo todo com base em sua medíocre e deturpada forma de perceber os afetos. Apesar de tudo isso, então, seria o mundo um pouco melhor se estes que leem assédio numa presença, num carinho, na boa edução, recalculassem suas rotas rumo a um divã.
Quanto uso a boca vermelha,
é simplesmente a cor do meu batom.
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