Sartre e Beauvoir |
Certa vez ouvi da boca de um sultão sobre a melhor das dietas para um distúrbio bem comum, porém complexo definir.
Não se trata daquela espécie de dieta que busca a perfeita ou adequada ordem física, mas a que ameniza a falta, compensa o vazio.Aplaca a ausência que não pode ser suprida, pois que cada um é um, e cada dois 'é' dois, diferente do cada dois que são simplesmente dois.
Dizia que essa ausência de dois que 'é' dois é eterna, não se supera, apesar de superadas as expectativas daquele 'a dois' convencional. Contou que se transmutaram em suas novas vidas, mas que jamais mudou a falta das horas das falas, das trocas de ideias pensáveis por poucos - talvez melhor expressadas por aqueles que melhor simbolizaram o 'dois que é dois': Jean Paul Sartre e a senhora de Beauvoir.
Dizia ele que essa ausência tem como efeito fazer engordar, aumentar as moléculas da falta, causando um dano grave e de largas proporções - não ao coração, mas no plano das ideias. Por isso, afirmava ele, para emagrecer essa ausência precisarão se ouvir e falar, para só assim diminuir a causa - a saudade.
Hoje emagreci a saudade.
Nós, para os outros, apenas criamos pontos de partida. [Simone de Beauvoir] - e versa-e-vice.
Minha saudade
ResponderExcluirsofre de obesidade
mórbida.