quinta-feira, 27 de maio de 2010

Tempo através dos sentidos

,E sigo(ia) sem tempo.
Tempo. Refiro-me ao tempo de existir/coexistir em todas as esferas. Embora isso, claro que coexisto, co-habito, correlaciono, relaciono, transito, corro, paro, acelero, estanco, penso, medito, navego, voo. Medito? Ok, não foi boa a expressão. Melhor: sopeso, pondero, crio, recrio, construo, desconstruo, refaço, reinvento.

A questão é: um dos tempos que me tem faltado é para isto aqui: escrever. Um espaço dedicado a canalizar as tempestades de pensamentos e ideias, fruto de fatos e circunstâncias que provocam a imaginação, e imploram uma via de fluição.

Embora a falta dele - o tempo -, não me é subtraída a capacidade de observar as pequenas grandes coisas ao meu redor, que dirá os significativos acontecimentos que, aparentemente despretensiosos, em meio ao turbilhão de envolvimentos, batem à minha porta, chamando para um tempo de desaceleração.

Estou eu aqui. Fiz um tempo motivada nas prazerosas angústias do fenômeno que me fez parar.
Há fatos, há circunstâncias. Mas nada comparado às pessoas para fazer reinventar o tempo.

A mim, para reinventar, só aquele que pensa, que sente e que diz, que encanta olhos e ouvidos, boca e nariz.

Sensorial.

E fez-se um encanto, dos sentidos, capaz de recriar o melhor dos tempos [pra mim].
Se transitório, passageiro, quem sou eu para julgar?

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