Fotografia: Bill Brandt |
... também seria alguma espécie de pequenez, de falta, de ausência de substrato de si mesmo, que faz incorrer no estranho hábito de 'marcar' em redes sociais os passos dados lá fora.
É o prato de comida fotografado. São os nomes do restaurante, do shopping, da cafeteria, do pub, do salão de beleza, do parque etc, 'bem frequentados'. Sem quê, nem porque. Por detrás, imploram a leitura de inscrições de felicidade permanente, de ajustado socialmente, de negação aos símbolos da pobreza. Perfeição.
Pela culatra/cloaca justificam uma existência plagiada, fakerizada, de um oco enquanto gente, sem fim. Não fosse isso, haveria marcações em lugares tidos como não tão 'nobres' assim.
Pela culatra/cloaca justificam uma existência plagiada, fakerizada, de um oco enquanto gente, sem fim. Não fosse isso, haveria marcações em lugares tidos como não tão 'nobres' assim.
Acho que não, Janice. Eu pelo menos posto o que me marca, os eventos bons. Os tristes, estes guardo para mim. Por que compartilhar o feio? Basta a realidade nojenta que vemos todos os dias. Esta é uma mídia onde podemos mostrar que a vida vale a pena ser vivida. Queres coisa mais linda do que os pores-de-sol que tu publicas?
ResponderExcluirEu concordo e comungo da mesma estranhesa. Não quer dizer que não façamos o mesmo, escravos das mídias disponíveis que somos, mas há algo de inconsciente nisso, de cultural, que nos desperta quase uma necessidade de publicar o belo, o feliz, o sorridente... Acho que estamos precisando de mais retratos casuais, rostos distraídos, menos moldura e mais vida. Adorei o post, e pensar sobre ele.
ResponderExcluirImpossível estar mais de acordo! :))
ResponderExcluirAté corria para te dar um beijinho, mas não vou só porque escreveste "fakerizado". Que palavrão mais bobo num texto tão bonito... :'( :'(