tag:blogger.com,1999:blog-2693061704866748543.post4354534881860891107..comments2023-10-02T12:17:59.207-03:00Comments on A_maria: Cartas - Felicidade: questão de ponto de vistaMaria Janicehttp://www.blogger.com/profile/17743113594624128459noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-2693061704866748543.post-19525648950806917042010-07-20T01:36:58.139-03:002010-07-20T01:36:58.139-03:00Ora ora, cara mia. Antes de mais nada, preciso apa...Ora ora, cara mia. Antes de mais nada, preciso aparar o excesso de elogios. Fico apenas com parte deles, pois recusar sugeriria hipocrisia, na medida em que o simples fato de publicar, por si só, já é sinônimo de vaidade indisfarçável, não é mesmo? E tudo que acredito não sejamos é hipócritas - ao menos na maior parte do tempo em que nos pegamos conscientes.<br /><br />Mas te devolvo os elogios, dizendo do meu sempre enorme deleite em ler o encadear de tuas ideias, e das horas que roubamos do tempo lá fora brincando o jogo de palavras por simples prazer, fugindo de nossa rotina enlouquecida atrás das pilhas (de processos). Complementares. Tuas traduções são poéticas, lindas, acrescentam véus de emoção nas duras conclusões do racional. <br /><br />Tenho outras tantas cartas (virtuais) que trocamos ao longo destes anos, quem sabe te devolva algumas para ver como sentes agora?Maria Janicehttps://www.blogger.com/profile/17743113594624128459noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2693061704866748543.post-74927411680864984692010-07-19T11:34:24.142-03:002010-07-19T11:34:24.142-03:00Cara,
Tenho uma só palavra sobre o texto – LUCIDE...Cara,<br /><br />Tenho uma só palavra sobre o texto – LUCIDEZ<br /><br />Enternece-me e espanta (sinceras desculpas) o nível de lucidez e a beleza com que escreves agora.<br /><br />Vem-me a mente uma frase – do período de construção de Brasília – “cinqüenta anos em um” -assim te vejo/sinto agora.<br /><br />Esta observação inicial foi feita assim que lido o texto até a parte em que fizeste duas perguntas.<br />Agora, escrevo novamente a partir do fim do texto:<br /><br />Lúcido, lindo, vivenciado, sofrivivido.<br /><br />Crescimento da alma que me faz também pensar primeiramente nos contos infantis...”E viveram felizes para sempre” é o começo do fim, é o engano retransmitido para a tenra e inocente idade (injusto fazer as crianças acreditarem em algo assim - definitivo)<br /><br />Mas o fim em si, a meu ver atual é: o “Separaram-se para viverem felizes para sempre”. Esta me parece, agora, a verdadeira história.<br /><br />Como você relata o “jogar-se” no outro, o misturar-se e homogenizar-se é romântico, mas deveria ficar restrito a textos, contos, filmes...<br /><br />Nesta fase da vida em que a análise é feita a partir da mente e não do enganador “coração”, o que conta é o dissecar da covardia valente que com primor revelaste. A vitória do anti-herói. Aquele que salvou o relacionamento com a sua negação. Talvez aquele que mais amou, porque consciente. Aquele que viu a grandeza daquele momento - não como um náufrago, mas como um sôfrego sobrevivente.<br /><br />Aquele que tornou o relacionamento eterno. Aquele que manejou o punhal que atingiu o próprio coração e depois o do pretenso bravo.<br /><br />Aquele que fez isso no auge da paixão, não pode ser chamado de covarde.<br /><br />Uma vez, ao consolar uma querida amiga que perdera o seu amor, eu falei: você não vê a felicidade que esta despedida te deu? Teu sofrimento te impede de ver que choras por que tens motivos: ele te proporcionou tantas coisas boas que a cada lugar em vás, vinho que bebas ou música que ouças – ali ele estará e te fará sofrer a falta das boas coisas – sofrimento que acrescenta.<br /><br />Triste seria pensar que, apesar de ter vivido 15 ou mais anos com alguém, choras na despedida o passeio que não fizeste, a noite de amor que não viveste, o beijo negado, o apoio que não recebeste. Sofrimento, este, que corrompe a alma, torna inútil o tempo que se perdeu juntos.Anonymousnoreply@blogger.com